Ataque do Irã deixou menina gravemente ferida em Israel

No dia 1º de abril, a explosão do consulado iraniano na Síria interrompeu uma reunião importante da cúpula da Guarda Revolucionária iraniana.

Eles, de acordo com fontes militares, planejavam novos ataques a Israel e a alvos norte-americanos em meio à guerra na Faixa de Gaza.

Um dos que morreram no ataque, entre três comandantes da guarda, foi o general Mohammad Reza Zahedi. Foram sete mortos das Forças Qods, o braço de operações exteriores do grupo iraniano.

Enquanto isso, uma menina de sete anos, cujo nome não foi revelado, vivia sua rotina em uma aldeia beduína na cidade de Be’er Sheva, em Israel. Ela mal mal sabia o que estava por vir.

Doze dias depois, enquanto ela dormia em sua casa, se tornou a única pessoa em Israel que sofreu ferimentos significativos no ataque de retaliação do Irã na noite de sábado 13 para domingo.

Até a manhã desta segunda-feira (15), ela permanecia com risco de morte no Centro Médico Soroka, Be’er Sheva.

De acordo com atualização do hospital, diz o The Times of Israel, a menina foi submetida a uma cirurgia devido a um grave ferimento na cabeça e agora está na unidade de terapia intensiva pediátrica.

Tal situação demonstra que o Irã, ao lançar 120 mísseis balísticos, 30 de cruzeiro e 170 drones sobre Israel, além de tentar acertar alvos militares, não se preocupou em poupar civis.

Críticas aos dois lados

Israel Irã

A ação mostrou que a ética é algo que tem ficado de lado nesta sequência de confrontos na região, segundo o especialista em Inteligência da Fundação de Estudos de Pesquisas Econômicas (Fipe), Ricardo Gennari.

“A ética infelizmente é uma preocupação para a população, como para a família da menina atingida sem saber”, ressaltou, afirmando que todos os lados têm extrapolado nos conflitos dos últimos meses.

Lançar ataques deliberadamente contra população inocente fere o Direito Internacional Humanitário, de acordo com a BBC.

Por esta legislação, a proteção da população civil e de bens civis durante conflitos armados deve ser assegurada.

Imagens mostram drones iranianos, antes de serem abatidos, próximos de regiões residenciais de Tel-Aviv e até de locais sagrados muçulmanos em Jerusalém.

Quase todos foram interceptados. Senão, pelo menos alguns deles destruiriam boa parte destes locais. E deixariam milhares de civis mortos, possivelmente.

Nos ataques em Gaza, em que também têm morrido civis, as Forças de Defesa de Israel afirmam que o objetivo é neutralizar o poderio militar do Hamas e que civis não são alvejados deliberadamente.

Faixa de Gaza: Israel deve recrutar reservistas para missões

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, afirmou no último domingo (14), na rede social Twitter/X, que o país vai recrutar duas brigadas de reservistas. A convocação se dará para realizar missões operacionais na Faixa de Gaza nos próximos dias.

O movimento se opõe às ações anunciadas no início do mês. Na ocasião, a orientação era retirar milhares de soldados que estavam em atividade na região do enclave palestino, que está há anos sob controle do grupo terrorista Hamas.

“O recrutamento permitirá a continuação do esforço e da prontidão para defender o Estado de Israel”, disse Hagari. “[Queremos] manter a segurança dos residentes.”

O representante das Forças de Defesa de Israel destacou ainda a neutralização de 99% feita pelo país contra a ofensiva realizada pelo Irã. “Das centenas de lançamentos, apenas alguns mísseis penetraram no território do Estado de Israel.”

Contra-almirante Daniel Hagari

Israel: recrutamento para a Faixa de Gaza e ações de defesa contra o Irã

O militar disse que foram registrados pequenos danos à infraestrutura da base de Nevatim, perto da rota de transporte e no entroncamento na área do Monte Hérmon.

“A função da base de Nevatim não foi afetada”, disse o porta-voz das FDI. “Os aviões continuaram a descolar e a aterrar e a cumprir as missões de defesa e ataque — mesmo durante a noite e durante todo o dia.”

Foto principal: Reprodução